domingo, 6 de junho de 2010

MISTÉRIO DE AMOR - CORPUS CHRISTI

Caríssimos Irmãos e Irmãs

Vivendo, ainda, o clima de grande emoção com que celebramos o Jubileu de Ouro de nossa Arquidiocese, iniciamos este mês de Junho genuflexos diante do grande Mistério de Amor que é a Santíssima EUCARISTIA.

A Solenidade Litúrgica de “Corpus Christi” nos convida a uma corajosa e autêntica abertura do coração, da nossa vida toda, para acolher Aquele que desejou permanecer conosco, como alimento de vida e de santidade, unicamente por AMOR!

No discurso inaugural da Conferência de Aparecida, o Santo Padre Bento XVI assim se expressou: “Só da eucaristia brotará a civilização do amor que transformará a América Latina e o Caribe para que, além de ser o Continente de esperança, seja também o Continente do Amor!

A celebração da Eucaristia, seja no contexto solene de uma grande Basílica, seja dentro do quadro despojado e simples de uma capela rural, será sempre um momento forte de amor, uma experiência profunda e marcante da Pessoa Divina de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isto exatamente porque a Eucaristia torna sacramentalmente presente o Sacrifício da Cruz, o maior ato de AMOR jamais existente, e que nos assegura nosso resgate das malhas do pecado e da morte.

Tão imenso AMOR requer de cada um de nós uma resposta igualmente carregada de amor, que nos empenhe na vivência iluminada do discipulado missionário. A tanto nos incentivam os dois grandes Apóstolos, Pedro e Paulo, que, a partir de sua decisiva experiência da Pessoa de Jesus Cristo, como que “eucaristizando” todo o seu ser e o seu agir, foram acendendo a Luz da Verdade, Jesus Cristo, no coração e na vida de milhares de pessoas, até selarem com o próprio sangue, no solo de Roma, seu testemunho d’Aquele que é o próprio AMOR que se dá a nós. Outro não pode ser o objetivo central da ação evangelizadora da Igreja, senão o de levar cada batizado a realizar este encontro decisivo e profundo com o Senhor Jesus. E o espaço privilegiado para isto é justamente a celebração da Eucaristia, na qual reside a maior alegria para toda a Comunidade de batizados.

É do âmago deste Mistério de Fé e de Amor, que jorra para nós a força espiritual transformadora do nosso ser, levando-nos à busca de uma sempre maior santidade de vida. A Igreja que o Senhor fundou, sobre o alicerce dos Apóstolos, ungidos em Pentecostes, não é feita de anjos, mas de homens e mulheres santos e pecadores, que são convidados pelo Senhor a se deixar libertar sempre mais dos pecados para serem também mais santos e fiéis. Deixemos o Espírito Santo curar a nossa surdez, para que possamos escutar cada dia mais forte a palavra do Senhor a S. Pedro: “Simão, tu me amas mais do que estes?” e as palavras que Ele dirigiu a S. Paulo: “Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que a minha força se manifesta”. Como estes dois Apóstolos, também nós temos que dizer ao Senhor: Senhor, Tú sabes que eu te amo! Para mim, viver é Cristo! É a resposta que Ele espera ouvir um de nós, para nos transformar em suas testemunhas no meio deste Mundo tão paganizado e tão materialista.

Nossa grande esperança, dentro do clima do Jubileu, é que o PLANO DE PASTORAL da Arquidiocese, transformado em ação evangelizadora, dinamize ainda mais esta experiência da Pessoa do Senhor Jesus na vida de cada um de nós, católicos, expandindo sempre mais as fronteiras do Reino em nosso meio, para glória e o louvor do Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida!

+ D. Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói

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