quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dia Mundial de Luta contra a Aids marcado pelo otimismo

O dia 1 de dezembro foi escolhido como Dia Mundial de combate à AIDS, quando o mundo une forças para a conscientização sobre esta doença. Desde o final dos anos 80, o Dia Mundial de combate à AIDS vigora no calendário de milhares de pessoas ao redor do mundo.

Esta data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS, numa tentativa de superação das barreiras que dificultam os trabalhos dos agentes. Essas barreiras são principalmente o preconceito e a discriminação contra as pessoas que vivem com HIV/AIDS, que dificultam inclusive o apoio adequado a assistência e ao tratamento da Aids bem como o seu diagnóstico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, ao final de 2007, No mundo 33 milhões de pessoas vivem com HIV; 25 milhões já morreram; são 12 mil novas infecções por dia.
No Brasil, desde 1980 a junho de 2007, foram registrados mais de 470 mil casos, segundo o Ministério da Saúde.
Lembramos que por trás dos números temos pessoas, seres humanos, com seus medos, suas dificuldades, suas vergonhas.


10 milhões de pessoas continuam à espera de um tratamento.

A Aids matou no ano passado cerca de dois milhões de pessoas no mundo, mas 2010 traz um certo otimismo com a redução de novas infecções, os novos tratamentos contra a doença e os meios adicionais para prevenir a transmissão.
Papa Bento XVI defende uso da camisinha em casos de prostituição

Num livro de entrevistas, o papa Bento XVI afirma que o uso de preservativos por prostitutas pode ser aceito para evitar a disseminação do vírus da Aids, marcando assim o primeiro sinal de abertura ao tema na história do Vaticano.
Na série de entrevistas que será publicada na Alemanha, país natal do pontífice de 83 anos, Bento XVI é questionado quando a Igreja Católica não é fundamentalmente contrária ao uso da camisinha.

"Com certeza (a Igreja) não vê (o preservativo) como uma solução real e moral", respondeu o papa, que celebrou neste sábado uma cerimônia para oficializar 24 novos cardeais no Vaticano.
"Em certos casos, quando a intenção é reduzir o risco de infecção, pode ser, no entanto, um primeiro passo para abrir o caminho a uma sexualidade mais humana", completou o líder de 1,1 bilhão de católicos do planeta.

O livro, que tem como título "Luz do Mundo: O Papa, a Igreja e os Sinais do Tempo", é baseado em 20 horas de entrevistas conduzidas pelo jornalista alemão "Peter Seewald". Trechos da obra foram publicados na edição deste sábado do "Observatório Romano", o jornal da Santa Sé.


Até o momento, o Vaticano tinha como orientação padrão a proibição ao uso de qualquer forma de contracepção, mesmo como forma de evitar doenças sexualmente transmissíveis, posição que vinha atraindo fortes críticas da comunidade internacional, em vista da situação alarmante de contágio por HIV no mundo.

POLÊMICA

Ainda em 2009, durante sua primeira visita à África, Bento XVI disse a bordo do avião que o levava ao continente que a Aids "é uma tragédia que não pode ser superada com o dinheiro e nem com a distribuição de preservativos, os quais podem aumentar os problemas".
A declaração foi feita em resposta a uma pergunta sobre se os ensinamentos da Igreja Católica não eram "irrealistas e ineficazes" em relação à Aids.

O papa defendeu que a epidemia só pode ser impedida com uma renovação moral no comportamento, a "humanização da sexualidade".

A Igreja e a AIDS

Tentando dar uma resposta à epidemia é que surgiu, dentro Igreja Católica, hoje aberta a outras denominações, a Pastoral da AIDS. A referida pastoral procura capacitar os cristãos, levando-os a um comprometimento no trabalho de prevenção e assistência. É a Igreja comprometida para que a vida prevaleça, segundo o ensinamento de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida”.
Assim, a Pastoral da AIDS procura dar algumas respostas a epidemia: buscar e partilhar informações corretas; cuidar de si e dos outros; falar sobre AIDS na família, na escola, no trabalho, na comunidade; acompanhar pessoas que vivem com HIV/AIDS; evitar preconceito e discriminação; fazer valer o direito à saúde, com medicamentos, exames assistência; exigir saúde integral e humanizada.

O Documento de Aparecida considera como prioridade fomentar uma pastoral com pessoas que vivem com HIV AIDS, em seu amplo contexto e em seus significados pastorais.


Como todos podem contrair o HIV, é importante fazer o exame para saber se está com o vírus, independente do resultado. Caso seja positivo possibilita melhor tratamento, evita doenças oportunistas e, se necessário, adota uso de medicação. Se o resultado do exame for negativo, você renova o compromisso de cuidado e prevenção consigo e com os outros. O teste é sigiloso e o tratamento é gratuito.

Diante disso, a pastoral assume o compromisso de prestar um “Serviço de prevenção ao HIV e assistência aos soropositivos: “A Igreja assume este serviço e, sem preconceitos, acolhe, acompanha e defende os direitos daqueles e daquelas que foram infectados pela Aids. Faz também o trabalho de prevenção, pela conscientização dos valores evangélicos, sendo presença misericordiosa e promovendo a vida como bem maior.” (Diretrizes Gerais da CNBB 2003-2006, n. 123).


Secretaria Municipal de Saúde do município de Lages: Programa DST/HIV/AIDS.
Pastoral da AIDS
Documento de Aparecida, pg188 nº421.

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