O Movimento de Cursilhos, definindo-se como um "Movimento de Igreja", tem seu lugar nas "Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja" e tem sua missão específica na ação pastoral e evangelizadora e no contexto eclesial.
Essa missão ou função está determinada por seu carisma e expressa por sua finalidade: "Possibilitar a vivência do fundamental cristão, visando criar núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes, ajudando-os a descobrir e a realizar a vocação pessoal".
Conseqüentemente, o MCC se situa:
1. Como um elemento e um instrumento da Pastoral profética;
2. Com função própria no contexto das "Diretrizes" e de suas "exigências básicas": operar na fermentação (presença a partir de dentro das realidades) evangélicas dos ambientes;
3. Através de uma forma específica (núcleos ambientais) determinada por seu método (querigmático).
O MCC tem clara consciência de como é importante e transcendente o ministério profético (ou evangelizador), "realidade primeira da economia da salvação e princípio de toda a vida para a Igreja" e procura, solidariamente como outras iniciativas pastorais, ser humilde executor desse Ministério eclesial. Querendo viver em comunhão missionária com a Igreja, o Movimento de Cursilhos entende que "dar frutos é uma exigência essencial da vida cristã e eclesial. Aquele que não dá fruto não permanece em comunhão. Todo ramo que não der fruto, meu Pai o corta" (CL 32).
A opção do MCC é ser agente de evangelização dos ambientes (Pastoral Ambiental) como um elemento e um instrumento das "exigências irrenunciáveis" (serviço, diálogo, anúncio, testemunho de comunhão eclesial) da ação evangelizadora e pastoral. Portanto, o MCC, sendo fiel ao seu carisma, entende que sua plena integração pastoral significa também, ser agente de uma evangelização inculturada. "A Igreja, Povo de Deus peregrino na História, tema a missão de ser lua, sal e fermento no mundo. Estando presente na sociedade, a Igreja como um todo - tanto os fiéis individualmente como os grupos, instituições e organizações eclesiais - vivem profunda relação de influência mútua com essa mesma sociedade. Crescendo na fé, o povo de Deus vai tomando consciência cada vez mais clara de sua dimensão profética, que anuncia o Senhor e o se Reino, e denuncia tudo quanto avilta o homem, imagem e semelhança de Deus. Vai tomando consciência, igualmente, da missão que lhe cabe de contribuir para a transformação da sociedade". Da ação do MCC, portanto, exige-se que seja transformadora, inculturando-se e inculturando o Evangelho.
Aqui também, se faz presente uma outra exigência relativa aos "critérios de eclesialidade" expressos na Exortação Apostólica "Christifideles Laici". "O empenho de uma presença na sociedade humana que, à luz da doutrina social da Igreja, se coloque a serviço da dignidade integral do homem. Assim as agregações dos fiéis leigos devem converter-se em correntes vivas de participação e de solidariedade para construir condições mais justas e fraternas no seio da sociedade". Se, por acaso, ainda havia algum resquício de dúvida quanto ao compromisso de ação transformadora do MCC, já não há mais. É isso que se espera.
Essa missão evangelizadora, o MCC a assume como um ministério libertador do homem todo e de todos os homens, e como uma tarefa histórica, porque chegou a hora da libertação: o Reino de Deus está próximo. O projeto do Reino consubstanciado num modo novo de relação e na libertação integral da pessoa é parte essencial da evangelização, na medida em que esta se expressa como um serviço à pessoa e à sociedade. Evangelizadora e evangelizando, ambos são protagonistas e destinatários da vida familiar, política, social e econômica na perspectiva do Reino.
MÉTODOS
A estratégia do Movimento de Cursilhos está delineada na sua própria definição, que é a seguinte:
1. o MCC é um movimento de Igreja: caminha com a Igreja universal, nacional e diocesana no tempo e no espaço e, por isso, está comprometido com suas opções pastorais;
2. tem um método próprio: querigmático, vivencial, testemunhal, que o caracteriza e se aplica aos seus três tempos, isto é, ao pré-cursilho, ao cursilho e ao pós-cursilho;
3. possibilita ao participante a vivência do fundamental cristão: resposta ao Plano de Deus pela vivência da Graça e dos valores do Reino e pelo seguimento de Jesus de Nazaré;
4. leva à formação de núcleos de comunidades para a convivência do fundamental cristão e para a fermentação evangélica dos ambientes: este é o carisma do MCC, sua característica pastoral própria, específica;
5. ajuda cada um a descobrir sua vocação (fundamentalmente cristã) e respeita essa vocação (os talentos e carismas de cada um).
Explicita melhor essa definição, esclarecendo-se primeiramente sua finalidade:
1. imediata: vivência do fundamental cristão; vivenciar a Graça, a Vida divina realizando o plano de Deus, anunciando seu Reino e seguindo a Cristo;
2. mediata: convivência do fundamental cristão em núcleos/grupos/pequenas comunidades;
3. última (principal, própria, específica, determinante): fermentação evangélica dos ambientes, ou seja, a Pastoral Ambiental.
TEMPOS
Tal finalidade se alcança nos três tempos - PRÉ, CUR e PÓS - que são essenciais ao correto desenvolvimento do Movimento. Tão essenciais que frustando-se um deles , deixa o MCC de ser o que é. São esses passos para alcançar a finalidade:
1. no Pré-Cursilho: busca ambiental, selecionando-se a área ou ambiente a ser evangelizado e as pessoas líderes ou vértebras nesses ambientes ou áreas;
2. no Cursilho: tempo forte para a proclamação da Mensagem (o Plano de Deus - a Graça; o Reino de Deus e o Seguimento de Jesus). Normalmente esse tempo dura três dias e três noites;
3. no Pós-Cursilho: inserção na Pastoral Ambiental, através de núcleos/grupos/pequenas comunidades. Aqui é de vital importância a Escola vivencial ou de formação ou de aprofundamento na fé: é o cérebro do MCC, seguida pelas Assembléias mensais (antigas Ultréias), onde se faz a avaliação da presença e do trabalho dos núcleos nos ambientes.
No desenvolvimento dos três tempos está implícita sua própria estratégia pastoral, como é fácil de perceber pela leitura acima. Há entretanto, na estratégia do Movimento, aspectos complementares ou acidentais que abarcam:
1. as coisas mais importantes, cujas modificações competem à decisão da Assembléia Nacional do Movimento;
2. coisas menos importantes entregues ao bom senso das Assembléias Regionais ou Diocesanas ou do próprio Grupo Executivo Diocesano quando mudanças ou redirecionamentos se fizerem necessários
"criar núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes"
ResponderExcluirConvido a todos a participar da primeira palestra virtual do MCC: NCA NO RELANÇAMENTO DO MCC.
blog: http://ncacursilho.blogspot.com/ (em português) ou http://nca-espanol.blogspot.com/ (en español)
Osvaldo - NCA-FORP/USP (89 reuniões)
GED RIBEIRÃO PRETO - SP