terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Dom Bosco, era exemplo para os jovens!



João Melchior Bosco nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas dois anos de idade. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.


Dom Bosco, criador dos oratórios; catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento do ser humano, e em especialmente, com dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

Para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.

São João Bosco é o Padroeiro dos Jovens, um sacerdote que dedicou sua vida à educação e à catequese de jovens, isto é, pessoas que formam o futuro da humanidade.

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.




"Não basta pegar a cruz com a mão e beijá-la. É preciso carregá-la". (Dom Bosco)






São João Bosco, rogai por nós!






sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CARISMA E IDENTIDADE DO MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE

Para os órgãos de direção dos movimentos eclesiais, o zelo pela pureza do seu carisma e pela preservação ou resgate de sua identidade constitui uma constante preocupação. Por essa razão, achei oportuno propor, mais uma vez, à consideração e ponderação dos leitores, alguns pontos atinentes a esse assunto.

Embora em artigos anteriores eu já tenha escrito sobre “corpos estranhos no Cursilho”, o contato com nossas bases revela iniciativas e ímpetos criativos (sobretudo no CUR), que, de forma clara e indubitável, vêm agredindo, ferindo e desfigurando tanto o carisma como a própria identidade do Movimento de Cursilhos.

Tais censuráveis iniciativas – em geral pessoais – não só neutralizam um paciente e árduo trabalho por parte do GEN, no sentido de aumentar a conscientização, como também, e sobretudo, frustram as esperanças da Igreja no trabalho pastoral e de evangelização que o MCC se propõe a realizar. Afora o risco do desânimo para aqueles que, semeando a palavra, são tentados a abandonar a messe por ter caído a semente em meio aos espinhos ou num terreno pedregoso ou numa terra crestada pelo sol. Seria temeridade minha, entretanto, não ressalvar os abundantes frutos colhidos entre os que, graças a Deus, “ouvem a palavra e a põem em prática”, isto é, entre os que respeitam o carisma, preservando a todo custo a identidade do MCC.

1. Carisma. O carisma é uma força divina e renovadora, é a Graça. Como um carisma não voa, mas se encarna nas circunstâncias da história, ele constitui dons específicos que Deus concede a uma pessoa ou comunidade em benefício de outrem. No próprio conceito de carisma, na sua raiz, já vem dinamizada a necessidade do serviço. O carisma não é dado para uso pessoal. Basta buscar em São Paulo, onde vamos encontrar a dimensão genuína de carisma. Veja em 1Coríntios, 12, 7 e seguintes; em Romanos 16, 6-8, e em outras passagens igualmente significativas. Assim, cada movimento eclesial, cada comunidade no Povo de Deus, tem seu carisma próprio. Que deve ser respeitado.
Aos iniciadores do Movimento de Cursilhos – antes, Obra dos Cursilhos – e ao próprio Movimento, Deus concedeu o carisma de levar a pessoa à conversão centrada em Jesus Cristo, à consciência do amor de Deus por ela, à vivência do fundamental cristão, isto é, à vivência dos compromissos batismais, e à ação em favor do Povo de Deus que é a evangelização dos ambientes (familiar, profissional, social, etc.). Assim, tudo o que excede tais objetivos está fora do carisma do MCC.

2. Método e dinâmica. O carisma é encarnado numa realidade histórica, através do método próprio de cada movimento ou comunidade, e utiliza dinâmicas adequadas para concretizar-se.
a) O método do MCC é querigmático-vivencial. Portanto, nos Cursilhos não se faz catequese pura. Seu carisma é o anúncio vivencial de Jesus Cristo e de sua mensagem – o Evangelho – feito por testemunhas qualificadas (isto é, cristãos coerentes com sua fé). Eventual ou necessariamente, a catequese deverá ou poderá ser feita nas Escolas vivenciais do MCC. É importante frisar que a ‘testemunha qualificada’ – o mensageiro – proclamará, no cursilho, como está vivendo ou esforçando-se para viver sua vida em coerência com sua fé. O mensageiro que não o fizer, está mentindo e enganando os cursilhistas. E “a mentira tem pernas curtas”...
b) A dinâmica é o processo pedagógico pelo qual se anuncia Jesus Cristo e sua mensagem evangelizadora. No MCC existe uma dinâmica de tempo – pré-cursilho, cursilho e pós-cursilho –, uma dinâmica de transmissão do anúncio e uma dinâmica de procedimentos aprovadas em seus Encontros mundiais e em seus Estatutos. Tais dinâmicas, coerentes com seu carisma, já vêm claramente prescritas para serem assumidas por todos, sem exceção, isto é, por leigos, leigas e sacerdotes que participam do MCC, especialmente do tempo chamado CURSILHO. Dispomos de manuais, textos oficiais, etc., para orientar nossa ação evangelizadora no CUR e fora dele. Dessa forma, invencionices, criatividades ou iniciativas que ultrapassem essas prescrições, são condenáveis. Dou um exemplo. Tomei conhecimento de que em Cursilhos de determinada Diocese, inventou-se um SÀBADO DE LOUVOR, isto é, todo mundo – responsáveis e cursilhistas passam a noite louvando. E cada responsável deve fazer uma hora de vigília diante do sacrário durante toda a noite. Ora, o carisma dos Cursilhos não é o de promover “noites de louvor”, o que sem dúvida é o carisma de outros movimentos. Sejamos respeitosos para com o carisma de cada um dos diferentes movimentos, mas sejamos firmes em exigir que respeitem o carisma do MCC!

3. Identidade. No carisma do MCC, com seu método e sua dinâmica, está declarada a sua identidade, isto é, aquilo que constitui a essência do Movimento. Desprezando seu método e sua dinâmica – que podem e devem ser revisados pelos órgãos responsáveis do MCC, de acordo com as circunstancias históricas, conforme pede a Igreja ao tratar da Nova Evangelização – podemos provocar a perda de sua identidade. Assim como uma pessoa, que quando perde sua identidade torna-se um ser ‘anônimo’, também o Movimento de Cursilhos, ao perder sua identidade por conta de invencionices pessoais ou mesmo institucionais, não serve para mais nada na Igreja... A não ser para satisfazer os caprichos dos que adoram fazer a pastoral do “eu gosto” ou “eu não gosto”, do ”eu quero” ou “eu não quero”. A estes convém lembrar, com toda a caridade fraterna, que Deus continua concedendo seus carismas, e com abundância, aos homens e mulheres do nosso tempo. E aos movimentos e às novas comunidades eclesiais também. Portanto, estamos em boa companhia: os que respeitamos os carismas uns dos outros e dos diferentes movimentos eclesiais e os que, inteligentemente, sabem respeitá-los.
Pe. José Gilberto Beraldo


Pe. José Gilberto Beraldo, hoje Assessor Eclesiástico Nacional Vitalício Benemérito do GEN, vem atuando há mais de 40 anos no MCC. Foi, durante muitos anos, o Assessor Eclesiástico Nacional, e desempenhou essa mesma função durante o mandato do OMCC no Brasil. Há tempos escreve, mensalmente, uma Carta ao MCC do Brasil. Além de escrever para a revista Alavanca, tem dois livros publicados: CARTAS e DECÁLOGO DE UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO INCULTURADA.



Fonte: cursilho.org


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A CONVERSÃO DE SÃO PAULO, APÓSTOLO (PATRONO DO MCC)

Evangelho do dia: (Mc 16, 15-18)

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, e disse-lhes: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados".
 
Celebramos hoje a conversão de São Paulo, Apóstolo dos gentios. Por ocasião desta festa, a Liturgia nos apresenta o relato que o Evangelista Marcos faz da última aparição de Nosso Senhor. Com efeito, pouco antes de voltar para junto do Pai, Jesus mostrou-se uma vez mais aos Onze e deu-lhes a seguinte missão: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15; cf. Mt 28, 19; Lc 24, 47; Jo 20, 21). 
Trata-se aqui, por assim dizer, do maior milagre que a humanidade tem podido contemplar: o milagre — e o dom — da evangelização. E é São Paulo, um "instrumento escolhido" (At 9, 15) pelo próprio Senhor, o modelo de todo o empenho evangelizador a que a Igreja Católica se tem entregue há quase dois mil anos.

Antes porém de ser chamado a levar o nome de Jesus diante das nações, Saulo de Tarso foi um ferrenho e ardoroso perseguidor dos cristãos. Respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor (cf. At 9, 1), Saulo acreditava servir ao Deus de Israel ao exterminar aqueles novos "idólatras" e "blasfemos" que faziam de um simples nazareno o Rei dos judeus. Foi inclusive a seus pés que os algozes de Santo Estevão, tomados de incontrolável raiva, depuseram os mantos a fim de apedrejar o primeiro mártir de que se gloriaria a então nascente religião cristã (cf. At 7, 58s). E é no entanto o mesmo Cristo Jesus quem, identificando-se com os que em seu nome padeciam injustiças e tribulações, apareceria a este jovem zeloso a caminho de Damasco: "Saulo, Saulo", diz-lhe o Senhor, "por que me persegues?" (At 9, 4).

A grandeza deste encontro pessoal com Cristo deveria causar-nos sempre uma salutar admiração, pois Deus, com apenas o dar-se a conhecer àquele moço determinado, não apenas o converte como, inclusive, de grande perseguidor o faz muito maior evangelizador. Todas as epístolas de Paulo — como, de resto, não poderia deixar de ser — deixam transparecer com imensa nitidez a profunda mudança que o Senhor operara em seu íntimo e o amor que lhe dera para, sofrendo pelo Evangelho, anunciar a todos os povos o santo nome de Cristo: "[…] nisto não só me alegro", escreve aos filipenses, "mas sempre me alegrarei. Pois sei que isto me resultará em salvação" (Fl 1, 18s). São Paulo permanece, ainda para esses nossos dias de tibieza e frouxidão apostólica, o farol para a nossa atividade evangelizadora; ele é e sempre será o retrato perfeito do que deve ser um coração convertido à verdade, que é Cristo.

"Caritas Christi urget nos", a caridade do Senhor nos impele a, por amor aos povos, levar a todas as nações o único amor que liberta, a única verdade que ilumina, o único caminho que conduz ao Pai. Que a infinita caridade dAquele que por nós morreu na Cruz nos inspire a, com sincero zelo e amor entranhado pelas almas, anunciar, nas circunstâncias particulares que Deus nos colocou, a Palavra viva descida do Céu, Cristo Salvador. 

Que São Paulo rogue por nós, pobres e pequeninos evangelizadores, e nos comunique um pouco do ardor que o levara a atravessar continentes, a sofrer perseguições, a passar fome, sede e frio — tudo por um único cuidado, uma única paixão: a verdade inabalável do Evangelho.



“Saulo, Saulo, porque Me persegues?”. Saulo perguntou: “Quem és Tu, Senhor?”


“Eu sou Jesus a quem tu persegues. Levante-se, entre na cidade ai dirão o que deve fazer. (At 9, 3-6).


“Para mim viver é Cristo”;
“Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.” (Gl 2, 20)


“Quanto a mim, meu sangue está para ser derramado em libação, e o momento de minha partida chegou. Combati o bom combate, terminei a minha corrida, guardei a fé. Agora só me resta a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos que aguarda com amor sua manifestação.” (2 Timóteo 4,6-8)




SÃO PAULO, APÓSTOLO, ROGAI POR NÓS!




quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O Cerco de Jericó e o MCC

O Cerco de Jericó consiste em uma semana incessante de batalha espiritual, com intensificação da oração pessoal e comunitária, missa diária, adoração ao Santíssimo, confissão, jejum, pregação da Palavra de Deus e o Terço de Nossa Senhora.

Um fato do Antigo Testamento nos mostra a conquista da cidade de Jericó pelos judeus, liderados por Josué (Js 6,1ss). Josué foi formado por Moisés, desde sua juventude, para substituí-lo. A Bíblia nos mostra que a mesma força que estava com Moisés, esteve também neste jovem, que ao assumir o encargo de dar continuidade na tomada de posse da terra prometida, recebeu a autoridade espiritual e o governo sobre as tribos de Israel.

Jericó era uma cidade fortificada e inacessível, com imensas muralhas ao redor. Na conquista de Jericó, encontramos o exército de Israel desanimado diante da imensa dificuldade de tomar aquela cidade. O desânimo já havia tomado conta de muitos que duvidavam da promessa de Deus. Esta promessa dizia que não seria pela força humana que aquela cidade seria conquistada, mas Deus mesmo é quem agiria.

O plano da vitória foi revelado por Deus, de um modo concreto e detalhado. Durante seis dias o povo deveria dar uma volta em torno da cidade. No sétimo dia, sete voltas. Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas. Durante a sétima volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus, as muralhas de Jericó caíram.
A exemplo de Josué, diante das muralhas de Jericó, devemos cercar nossos inimigos com orações e louvores e esperar que Deus mesmo haja em nosso favor. Para isto, precisamos ser perseverantes e persistentes até o fim.

Esse é o objetivo do Cerco de Jericó: derrubar as muralhas pela força da oração. Precisamos tomar consciência de que o Espírito Santo pela força da oração é capaz de derrubar, destruir e aniquilar as forças malignas. O terço de Nossa Senhora e o silêncio fecundo em frente ao Senhor Eucarístico, vão semeando a terra de nossa alma e também quebrando os alicerces das muralhas. Acreditamos que muitas curas e libertações acontecerão: portas que estavam fechadas se abrirão, crises conjugais e econômicas, doenças, e tantos outros problemas serão solucionados. Mas, o mais importante será o poder de Deus derramando o Espírito Santo sobre o povo, o Evangelho crescendo, sendo anunciado, sendo acolhido e transformando vidas.

Confira as fotos:
(clique nas imagens para aumentar)







 


 


 
 Muitas bênçãos derramadas e 
muralhas derrubadas através das orações!



Vigiai e Orai em todo o tempo!