quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Feliz e Santo Natal


A Palavra se fez carne e veio morar entre nós


“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz."

"Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina.  Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu.  Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.  E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele e proclama: “Foi dele que eu disse: ‘Aquele que vem depois de mim passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’”. De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.  Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer.” (Jo 1,1-18) 

Em festa de Família, todos se reconheçam filhos de Deus e irmãos uns dos outros.

Feliz e Santo Natal de 2012
Abençoado Ano Novo
por Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Natal está próximo


O tempo do Advento é um tempo de expectativa, e o cristão é chamado a vivê-lo em 
plenitude para atualizar a acolhida do Mistério da Encarnação na história de hoje e,
assim, receber dignamente o Senhor.
Temos oportunidade de participar da Eucaristia com os temas que nos fazem 
aprofundar este momento litúrgico, acompanhamos pela Liturgia das Horas e agora, a 
partir do dia 17 de dezembro, na semana de preparação próxima do Natal com textos 
que caracterizam a nossa cultura e abertura para a celebração cristã do Natal como as 
famosas “antífonas em Ó”. Presépios, músicas, enfeites também caracterizam este 
tempo, que convida a humanidade a agradecer a Deus pelo seu Amor para conosco. 
Popularmente em nosso país, a novena de Natal é a oportunidade de preparação já 
inserida em nossa tradição católica.
Somos chamados a exercitar a vigilância na fé e na oração. Participar da Celebração 
Eucarística neste tempo significa acolher e reconhecer o Senhor Jesus, que 
continuamente vem ficar no meio de nós e segui-Lo no caminho que leva ao Pai, a fim 
de que, com sua vinda gloriosa no fim dos tempos, nos introduza todos juntos ao Reino, 
para fazer-nos tomar parte na vida eterna, com os Bem Aventurados, Santos e Santas 
do céu.
A celebração penitencial é colocada como uma oportunidade concreta de conversão 
para que possamos preparar as nossas mentes e corações para abrigar profundamente 
o Senhor que veio, virá e vem. Tivemos também a coleta nacional para a evangelização 
que nos convocou a assumir nossa responsabilidade e compromisso batismais.
Portanto, são inúmeras as maneiras em que a Igreja incentiva seus filhos a se 
prepararem bem para a Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. A novena
 de Natal, geralmente realizada nas semanas que o antecedem, nos proporciona uma 
expectante espera de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nesses nove dias a Igreja nos 
convida a nos centrarmos mais no Senhor, fixando nele e somente nele nossos olhares, 
e, com Maria Santíssima e são José, aprendermos do Cristo como se vive segundo a 
vontade do Pai que está nos céus.
Que sonho nos é despertado mais uma vez: uma humanidade reconciliada, um mundo 
de paz, uma criação em harmonia! Eis o sonho do povo com a vinda do Messias, e eis o 
dom que ele traz! São Paulo diz na Carta aos Romanos que Cristo realiza este sonho 
prometido. A primeira reconciliação que Ele trouxe foi unir num só povo, numa só 
humanidade, o que antes era dividido.
Não nos esqueçamos de que o Natal é um tempo de escuta e de aproximação do Filho 
de Deus. Uma proposta de vida nova. Um novo estilo radical de vida. Que sejamos 
colaboradores e motivadores da cultura da paz, onde Cristo exerce sua força e traduz o 
seu amor misericordioso. Aproveitemos desses elementos de preparação para o Natal 
e, a exemplo de Maria, digamos: “Eis aqui a serva do Senhor”.
Que as atitudes de preparação nos levem a uma escuta aprofundada e comprometida 
da Palavra do Senhor e seja a oportunidade de crescermos em nosso caminho de 
seguimento a Cristo e a Trindade. Sejamos vigilantes e não cedamos às tentações do 
mundo que tendem a nos afastar do Deus vivo; corramos ao encontro do Filho de Deus 
para alcançarmos a salvação; acreditemos e trabalhemos por dias melhores, 
empenhando nossas energias para responder ao dom da graça e, assim, testemunhar 
os novos céus e nova terra.
Que ao despertarmos neste Natal, após um frutuoso período de preparação e conversão 
interior, possamos nos tornar luzes em meio a um tempo de trevas, esperança em meio 
a um tempo de desilusões, e mostrar ao mundo que o Menino da manjedoura – o 
Emanuel, Deus conosco – está presente em nossos lares esperando que lhe abramos a 
manjedoura de nosso coração e sejamos protagonistas deste novo tempo: tempo das 
luzes, da presença e da plena realização do ser humano.

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por Dom Orani João Tempesta 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bento XVI: Árvore de Natal é sinal da luz de Cristo

Apesar das tentativas de se apagar o nome de Deus da história, a sua luz continua a resplandecer sobre a humanidade através de Cristo”. Foi o que afirmou o Papa Bento XVI na manhã desta sexta-feira, ao receber em audiência a delegação da pequena cidade molisana de Pescopennataro, que neste ano doou ao Papa a árvore de Natal que ornamenta a Praça São Pedro. Na tarde desta sexta-feira, às 16h30, horário italiano, o pinheiro foi iluminado durante uma cerimônia que contou com a presença, entre outros, do Secretário Geral do Governatorado, Dom Giuseppe Sciacca.

Cada vez que o homem quis apagar no mundo a luz acesa com o nascimento de Jesus, o resultado foi uma escuridão feita de horrores. A iluminação da árvore de Natal na Praça São Pedro sugere a Bento XVI uma reflexão feita de luzes e sombras. A primeira, deslumbrante, de Deus feito homem, “vindo para dissipar as trevas”. A segunda, obra dos homens, quando nas várias épocas tentou apagar a luz de Cristo para acender flashes ilusórios e enganadores, teve como consequência a abertura de períodos marcados por trágicas violências sobre o homem. “

“Isto porque, quando se tenta cancelar o nome de Deus nas páginas da história, o resultado é que se traçam linhas tortas, onde até mesmo as palavras mais belas e nobres perdem o seu verdadeiro significado. Pensemos a expressões como “liberdade”, “bem-comum”, “justiça”. Privadas de suas raízes em Deus e no seu amor, no Deus que mostrou o seu vulto em Jesus Cristo, estas realidades permanecem muitas vezes à mercê dos interesses humanos, perdendo sua ligação com as exigências de verdade e de responsabilidade civil”, afirmou o Santo Padre.

Falando aos habitantes da pequena localidade de Pescopennataro, - pouco mais de 300 pessoas - Bento XVI destacou que ninguém conseguiu suprimir a história de luz e de amor iniciada dois mil anos trás em Belém: “Esta luz altíssima, em que a árvore de Natal é um sinal e uma recordação, - disse o santo Padre -, não só não diminuiu sua intensidade com o passar dos séculos e dos milênios como continua a resplandecer sobre nós e a iluminar cada ser humano que vem ao mundo, especialmente quando atravessamos momentos de incerteza e dificuldade”.

Por fim o Santo Padre agradeceu a oferta da árvore, um abeto de 24 metros, cuja madeira será utilizada em trabalhos de solidadiredade.


Por:
Rádio Vaticano