quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Silêncios que falam - Virgem do Silêncio


Em seu Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, São Luís Grignion tem a seguinte expressão para ressaltar a profunda humildade de Nossa Senhora: “Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo” (1).

Entretanto lendo cuidadosamente os Evangelhos, podemos ver a presença de Maria Santíssima em aparentes silêncios. Vejamos alguns.

Segundo os mais recentes estudos, os Evangelhos foram escritos entre os anos 49 e 94 (2). Ou seja, o primeiro deles (São Mateus) cerca de 16 anos após a morte de Jesus. Dos personagens presentes desde a Anunciação até o início da vida pública de Jesus, apenas Nossa Senhora estava viva, e, além disso, era a única que esteve presente:

— na Anunciação do Anjo;
— no Nascimento de Jesus;
— na Apresentação de Jesus no Templo;
— na fuga para o Egito;
— na perda e encontro do Menino Jesus no Templo.

Por isso muitos estudiosos dos Evangelhos têm por certo – ou quase tanto – ter sido Nossa Senhora quem narrou os fatos acima aos evangelistas. Estes, inspirados pelo Espírito Santo, citam Maria Santíssima “apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus”, como afirma São Luís Grignion, “para atender aos pedidos que Ela fez [a Deus] de escondê-la”(3)


Notas:
(1)  São Luís Grignion de Montfort, Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, Ed. Vozes, Petrópolis, 46ª edição, nº 4, p. 20.
(2)  Ver entre outras obras, “Los Evangelios”, (por uma comissão de exegetas, Salamanca), BAC, Madrid, 2005.

(3) Op. cit. , nº 3, p.19.


(Arautos do Evangelho)




Virgem do Silêncio, ensina-nos a rezar e roga por nós junto ao seu filho Jesus!

MCC - SETOR CABO FRIO


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

São Paulo Apóstolo - A Conversão

Celebramos hoje a festa da Conversão de São Paulo Apóstolo. É um dia que nos faz refletir sobre a história que se transforma graças à mudança de vida das pessoas. A figura de São Paulo pode ser contemplada a partir de diversos ângulos. Meditar sobre sua conversão nos permite descobrir como foi possível que um homem com tanto ódio ao Cristianismo pudesse se transformar no maior anunciador da fé cristã.

De ferrenho perseguidor dos cristãos a grande evangelizador, Paulo é, sobretudo para estes dias de fraqueza, de falta de ardor, falta de entusiasmo apostólico, a imagem ideal de um coração enamorado da única verdade que une povos e nações, o próprio Senhor Jesus.

Ele é grande modelo, seguidor de Jesus, anunciando com ardor o Evangelho.

Paulo tem plena consciência de que é servo, chamado a ser apóstolo, escolhido para o Evangelho de Deus. Com esta apresentação, começa sempre suas cartas. Ele afirmou uma vez: Sei em quem acreditei. Faz incansável profissão de fé em Cristo Jesus, crucificado e ressuscitado, vivo entre nós.

Vale a pena reconhecer Paulo especialmente através de suas cartas.

São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, faz um retrato de Paulo e revela o traço mais sugestivo e fascinante do Apóstolo dos gentios: o seu amor a Cristo, à paixão por ele, caminho para a ressurreição e a glória: Paulo tudo suportou por amor a Cristo. Gozar do amor de Cristo era a sua vida, o seu mundo, o seu reino, a sua promessa, tudo. O que é o homem, quão grande é a dignidade da nossa natureza e de quanta virtude é capaz a criatura humana, Paulo o demonstrou mais do que qualquer outro. É o que aprendemos de suas próprias palavras: Esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente.  As fraquezas, as injúrias, as necessidades, as perseguições são as armas da justiça, mostrando que delas lhe vinha grande proveito.

Por ocasião da conversão de São Paulo, a liturgia nos apresenta o relato que o evangelista Marcos faz da última aparição de Nosso Senhor. Jesus deu-lhes a seguinte missão: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15; cf. Mt 28, 19; Lc 24, 47; Jo 20, 21).

Trata-se aqui, por assim dizer, do maior milagre que a humanidade tem podido contemplar: o milagre — e o dom — da evangelização.

E é São Paulo, um "instrumento escolhido" (At 9, 15) pelo próprio Senhor, o modelo de todo o empenho evangelizador a que a Igreja Católica se tem entregue há mais de dois mil anos.

Nós devemos evangelizar. E só por meio da verdade, unidos à fé e ao amor, é que poderemos um dia dizer como São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gal. 2,20).

Se os bons combates eu não combater, minha coroa não conquistarei...

Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho! Não há outra questão, quando se é cristão não se para de lutar...

No 7º Encontro Nacional para Jovens Cursilhistas realizado em Apucarana - PR, os jovens a exemplo do nosso patrono, São Paulo Apostolo, instituíram o "Dia da Camiseta", nos dias 25 de cada mês. Usar a camisa do MCC, postar fotos nas redes sociais, etc, e mostrar para todos a alegria de ser cursilhista.

Que São Paulo rogue por nós, pobres e pequeninos evangelizadores, e nos comunique um pouco do ardor que o levara a atravessar continentes, a sofrer perseguições, a passar fome, sede e frio — tudo por um único cuidado, uma única paixão: a verdade inabalável do Evangelho.
  
Saudações Decolores!

Viva a vida!

Faz o mundo ficar mais bonito no seu coração!