terça-feira, 29 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
CARTA MCC BRASIL – JUN 2012 (154ª.)
“Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!
Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 19-20).
A proposta desta Carta mensal é a de proporcionar alguns pontos para nossa reflexão a partir do mistério da Santíssima Trindade. Muito se poderia escrever sobre este mistério, o mais profundo e desafiador para nossa natureza humana e para a nossa fé. Detenhamo-nos sobre alguns deles apenas.
1. A Santíssima Trindade. Celebrada a grande festa do Espírito Santo, numa perene manifestação do Espírito de Deus, somos convidados a comemorar no próximo dia 03/06, uma como que síntese de todas as celebrações, do Natal até agora: o mistério da Santíssima Trindade. O Domingo da Santíssima está destinado a repercutir em todos os outros domingos e dias do ano, precisamente porque nas Três Pessoas Divinas vive-se um dos mistérios centrais de nossa fé. A esse respeito afirma o Papa Bento XVI na sua preciosa Exortação Apostólica ‘Verbum Domini’(VD): “No Filho, «Logos feito carne» (cf. Jo 1, 14), que veio para cumprir a vontade d’Aquele que O enviou (cf. Jo 4, 34), Deus, fonte da revelação, manifesta-Se como Pai e leva à perfeição a educação divina do homem, já anteriormente animada pela palavra dos profetas e pelas maravilhas realizadas na criação e na história do seu povo e de todos os homens. O apogeu da revelação de Deus Pai é oferecido pelo Filho com o dom do Paráclito (cf. Jo 14, 16), Espírito do Pai e do Filho, que nos «guiará para a verdade total» (Jo 16, 13). Deste modo, todas as promessas de Deus se tornam «sim» em Jesus Cristo (cf. 2 Cor 1, 20). Abre-se assim, para o homem, a possibilidade de percorrer o caminho que o conduz ao Pai (cf. Jo 14, 6), para que no fim «Deus seja tudo em todos» (1 Cor 15, 28) (VD 20). Aliás, ao enviar seus discípulos para a missão de anunciar o Reino a todo o mundo e fazer discípulos, Jesus manda que estes sejam “batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Esta nossa carta, portanto, tem como foco, alguma reflexões sobre a Trindade Santíssima.
a) Viver nas Três Pessoas divinas e abrir sua intimidade deixando-se invadir por Elas. Quantas vezes e em quantas oportunidades temos ouvido e lido, quem sabe até, entre a incredulidade e a dúvida, que somos habitação do Deus Trindade? Pois não é da boca do próprio Jesus e por meio de São João que ouvimos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”? Aproveito-me desta oportunidade para apresentar aos caros leitores um exemplo marcante dessa vivência de intimidade trinitária. Trata-se da Beata Elizabete da Trindade, em cujos escritos encontrei um forte alimento para minha própria vida. Até como um testemunho pessoal – se me permitem - muito mais aprendi sobre a Santíssima Trindade naqueles escritos do que em todos os meus cursos de teologia. Pois nos livros aprendi a teoria e, ainda que ainda tão distante daquele caminho, em Elizabete da Trindade aprendi a prática e a experiência da intimidade com a Santíssima Trindade.
No dia 2 de janeiro de 1901, aos 21 anos, Elizabete ingressou no Carmelo Descalço de Dijon, cidade onde vivia com sua família. Recebeu o hábito no dia 8 de dezembro de 1902 e no dia 11 de janeiro de 1903 emitiu seus votos religiosos na Ordem do Carmelo, que já amava com toda sua alma. Com sua vida e doutrina, breve mas sólida, exerce grande influência na espiritualidade atual, especialmente por sua experiência trinitária. Em sua obra distinguem-se: Elevações, Retiros, Notas Espirituais e Cartas. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II, no dia 25 de novembro de 1984, festa de Cristo Rei. Sua festa é celebrada no dia 8 de novembro. Cito algumas afirmações da Beata Elizabete que me parecem oportunas para nossa reflexão: “Eu sou “Elisabeth da Trindade”, ou seja, a Elisabeth que desaparece, que se perde nos Três e se deixa invadir por Eles”. Ainda: “Não existem mais distâncias, porque já é o Uno como no céu… o céu que um dia chegará quando então veremos a Deus na sua luz”. Elisabete se rejubila e se “perde” no mistério da Trindade: “Deus em mim, e eu nele” deve ser o nosso lema. Que jubiloso mistério a presença de Deus dentro de nós, neste íntimo santuário das nossas almas onde sempre podemos encontrá-lo, também quando não percebemos mais sensivelmente a sua presença! Que importa o sentimento? Talvez ele esteja também mais perto, quando menos o sentimos”.
b) A Santíssima Trindade e a experiência mística. Ou, em outras palavras, uma experiência de espiritualidade nascida e enraizada na Trindade Santíssima. Imagino que alguém poderia, até, pensar que esta experiência seria possível somente a alguns privilegiados, santos e santas, recolhidos num convento ou mosteiro, longe do ruído do mundo aqui fora. Engano, pois posso testemunhar o contrário e partilhar com todos os meus caros leitores. Durante este meu já longo ministério sacerdotal, entre outras inúmeras graças que por Deus me foram concedidas, tive a de poder acompanhar alguns leigos e leigas, cuja vida foi uma continua experiência mística, experiência de um profundo envolvimento com o mistério de habitação da Santíssima Trindade. Sobretudo de uma delas: convertida de certa indiferença religiosa como tantos cristãos, hoje; mãe de família, dedicada e ocupada com todos os problemas de sua casa e, não raro, oprimida por eles, soube viver intensamente essa experiência, conciliando e entrelaçando em todos os momentos de sua vida, a contemplação com a ação. Uma preciosa fonte para seu amadurecimento na espiritualidade trinitária foi, precisamente, a Beata Elizabete da Trindade e seus escritos, fonte nas quais hauria tanta inspiração e tanta força para andar pelos caminhos de Jesus. Num momento de intensa experiência do Deus Trino, eis como Elizabete se refere ao mistério da habitação trinitária: “No seio dos Três, banhados na luz,/sob as claridades da Face de Deus/nós penetramos o segredo do Mistério/ que cada dia parece mais radiosos!/Ser infinito, profundidade insondável,/nós comungamos da tua Divindade./Ó Trindade, ó Deus, nosso Imutável,/Nós vemos a ti mesmo em tua claridade”.
c) Em busca de uma espiritualidade trinitária. Como conclusão desta nossa breve reflexão sobre o mistério da Santíssima Trindade – e infinitamente mais poderíamos escrever e falar - proponho a todos os caros leitores a busca e a experiência de uma espiritualidade trinitária que leve à comunhão entre a ação e a contemplação. De fato, não é possível uma espiritualidade que se restrinja apenas a momentos de oração como também não se pode entender uma espiritualidade que se contente com ativismo, aliás, ativismo que parece, até, uma característica de movimentos ou outras comunidades eclesiais. Talvez possa ajudar-nos na caminhada trazer para a nossa vida uma afirmação do atual Arcebispo italiano e exímio teólogo Bruno Forte: o Pai é o Silêncio (criar espaços de silêncio para ouvir); o Filho é a Palavra (anunciar Jesus e seu Evangelho) e o Espírito Santo é o Encontro (encontrar-se com a Santíssima Trindade que habita em cada filho e filha de Deus e com o mundo a ser fermentado com os valores e critérios do Evangelho).
Que Maria, a ouvinte atenta do Pai através do Anjo da Anunciação; a imaculada Mãe do Filho, Palavra do Pai e a fiel habitação do Espírito Santo (cf.Lc 1,26-18) acompanhe os passos de todos nós na busca incansável de uma espiritualidade genuinamente trinitária!
Um abraço fraterno e carinhoso do amigo e irmão de sempre e para sempre,
Pe.José Gilberto Beraldo
Segundo Assessor Eclesiástico Nacional - MCC do Brasil
E-mail: jberaldo79@gmail.com
terça-feira, 15 de maio de 2012
Qual a origem da devoção mariana?
Entenda melhor....
Com estas palavras que vêm do Céu começa a devoção mariana. Quem pode negar a evidência deste fato? E quando Maria, única guardiã do anúncio do Anjo, se apresenta à Isabel, depois da longa viagem da Galileia até a Judeia, acontece outro fato singular. Isabel ouve a saudação de Maria e percebe que o menino ‘salta’ de alegria no seio, enquanto o Espírito Santo a atravessa e lhe sugere palavras de rara beleza e de surpreendente compromisso: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E que venha a mim a mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que foi dito da parte do Senhor” (Lc 1, 42-45). É a segunda expressão de devoção mariana registrada no Evangelho.
Vamos até a narração do Natal. O Evangelho de Lucas refere: “Quando os anjos se afastaram deles em direção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém ver o que aconteceu e o que o Senhor nos deu a conhecer”. Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura” (Lc 2, 15-16). Imaginemos que os pastores, após terem ajoelhado diante do Menino, tenham lançado a seguir um olhar à Mãe e tenham sussurrado alguma palavra. Não é legítimo pensar que os pastores tenham exclamado: “Feliz és tu, Mãe deste Menino?!” Era uma expressão de devoção mariana.
Passemos ao evangelista Mateus, que narra a chegada dos Magos em Belém e usa estas palavras textuais: “E a estrela que tinham visto no Oriente ia diante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No” (Mt 2, 9-11).
Podemos, sem muito esforço, imaginar a grande emoção dos Magos, os quais, após uma longa e aventurosa viagem, tiveram a alegria de ver o Menino tão esperado e desejado! Porém, não nos afastamos da verdade dos fatos, se imaginarmos também que os Magos, depois da adoração do Menino, tenham olhado para Maria e lhe dirigido palavras de admiração: também esta é devoção mariana, percebida nas entrelinhas do Evangelho!
Nas bodas de Caná. Conhecemos toda a encantadora história da festa das bodas, na qual Maria intervém, ao mesmo tempo com delicadeza e decisão, para salvar a alegria dos noivos. Os servos, que conheciam o exato suceder-se dos fatos certamente aproximaram-se de Maria e disseram: “Jesus escutou-te! Fala-lhe de nós e pede uma bênção para as nossas famílias!”. Também estas eram autênticas flores de devoção mariana. E os noivos não retomariam com Maria o discurso das bodas e da água transformada em vinho? Certamente teriam dito a Maria: “Obrigado! A tua intervenção salvou a nossa festa. Continua a orar por nós!”
Assim começa a devoção mariana. E continua nos séculos sem interrupção. A verdade histórica é: Maria, a partir das palavras empenhadas pronunciadas pelo Anjo Gabriel, foi imediatamente olhada com admiração. E logo a sua intercessão foi invocada por motivo do seu particular vínculo com Cristo: o vínculo da maternidade! Portanto, quando recorrermos à Maria para a invocar com filial confiança, não nos encontraremos fora do Evangelho, mas totalmente dentro dele.
Quando começou a devoção mariana? A pergunta é legítima. E a resposta é imediata e segura: a devoção à Maria começou com o próprio cristianismo. Observemos os fatos. Entremos na pequena Casa de Nazaré, a casa das nossas origens e das nossas primeiras memórias. Eis o que encontramos: o Anjo Gabriel, mandado por Deus, aparece à Maria e lhe diz: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1, 28).
Com estas palavras que vêm do Céu começa a devoção mariana. Quem pode negar a evidência deste fato? E quando Maria, única guardiã do anúncio do Anjo, se apresenta à Isabel, depois da longa viagem da Galileia até a Judeia, acontece outro fato singular. Isabel ouve a saudação de Maria e percebe que o menino ‘salta’ de alegria no seio, enquanto o Espírito Santo a atravessa e lhe sugere palavras de rara beleza e de surpreendente compromisso: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E que venha a mim a mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que foi dito da parte do Senhor” (Lc 1, 42-45). É a segunda expressão de devoção mariana registrada no Evangelho.
Vamos até a narração do Natal. O Evangelho de Lucas refere: “Quando os anjos se afastaram deles em direção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém ver o que aconteceu e o que o Senhor nos deu a conhecer”. Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura” (Lc 2, 15-16). Imaginemos que os pastores, após terem ajoelhado diante do Menino, tenham lançado a seguir um olhar à Mãe e tenham sussurrado alguma palavra. Não é legítimo pensar que os pastores tenham exclamado: “Feliz és tu, Mãe deste Menino?!” Era uma expressão de devoção mariana.
Passemos ao evangelista Mateus, que narra a chegada dos Magos em Belém e usa estas palavras textuais: “E a estrela que tinham visto no Oriente ia diante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No” (Mt 2, 9-11).
Podemos, sem muito esforço, imaginar a grande emoção dos Magos, os quais, após uma longa e aventurosa viagem, tiveram a alegria de ver o Menino tão esperado e desejado! Porém, não nos afastamos da verdade dos fatos, se imaginarmos também que os Magos, depois da adoração do Menino, tenham olhado para Maria e lhe dirigido palavras de admiração: também esta é devoção mariana, percebida nas entrelinhas do Evangelho!
Nas bodas de Caná. Conhecemos toda a encantadora história da festa das bodas, na qual Maria intervém, ao mesmo tempo com delicadeza e decisão, para salvar a alegria dos noivos. Os servos, que conheciam o exato suceder-se dos fatos certamente aproximaram-se de Maria e disseram: “Jesus escutou-te! Fala-lhe de nós e pede uma bênção para as nossas famílias!”. Também estas eram autênticas flores de devoção mariana. E os noivos não retomariam com Maria o discurso das bodas e da água transformada em vinho? Certamente teriam dito a Maria: “Obrigado! A tua intervenção salvou a nossa festa. Continua a orar por nós!”
Assim começa a devoção mariana. E continua nos séculos sem interrupção. A verdade histórica é: Maria, a partir das palavras empenhadas pronunciadas pelo Anjo Gabriel, foi imediatamente olhada com admiração. E logo a sua intercessão foi invocada por motivo do seu particular vínculo com Cristo: o vínculo da maternidade! Portanto, quando recorrermos à Maria para a invocar com filial confiança, não nos encontraremos fora do Evangelho, mas totalmente dentro dele.
Fonte: cursilho.org
domingo, 13 de maio de 2012
Feliz Dia das Mães!!!
A maternidade é uma dádiva. E toda mulher que se permite ser mãe, gerando ou adotando , descobre que o filho é o melhor presente que Deus lhe deu.
MÃE É...
depender da graça de Deus
cuidar, amar, amar e amar!
dividir o que se tem, sempre priorizando os filhos;
se sentir abençoada por ter recebido do Senhor o privilégio de tomar conta de um pequeno ser
envelhecer sorrindo;
ser feliz somente por ser mãe!.
E você que já não tem o carinho e o colo da mãe hoje reflita.
“Mãe...
Mais para mim é triste.
Quisera beijar-te!
Quisera ouvir a tua meiga voz, mais já não existe.
Para te ofertar uma rosa e o coração.
De surpresa um dia Deus a levou... para longe, para um outro mundo
Deixando a terra que dedicou um santo nome eterno e profundo.
Foste à estrela cintilante que iluminava os filhos na escura estrada da vida, foste o anjo que os passos o guiava, porém deixaste comigo a felicidade de ao menos recordar-te mãe querida desde que partiste para além a eternidade.”
Autora: Lucy Regina Azevedo
O MCC - Setor Cabo Frio deseja a todas as mães um Feliz Dia Das Mães abençoado.
sábado, 12 de maio de 2012
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - 13 de maio
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Santíssima virgem que nos montes de Fátima Vos dignastes a revelar a três humildes pastorinhos os tesouros de graças contidas na prática do vosso Rosário, incuti profundamente em nossa alma o apreço, em que devemos ter esta devoção, para Vos tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da nossa Redenção que nela se comemora, nos aproveitemos de seus preciosos frutos e alcancemos a graça, que Vos pedimos nesta oração, se for para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Assim seja.
Tu és sacrário vivo
Com um grande esplendor
Tu és Maria a mãe do salvador
Com amor tu aceita o sim ao meu Senhor
Em seu ventre carregou
O mais belo e puro amor
Maria é mãe, singela, amável e pura
Minha mãe, mãe da Igreja, mãe do Salvador.
Autor: Mateus Azevedo Gago
Nossa Senhora de Fátima rogai por nós!
Onde andam nossos irmãos?
Pe. Carlos Sanson C.SS.R.
Já tenho ouvido inúmeras vezes os seguintes comentários: “Pouca gente na Ultreya, hoje!” ou, “Não se vê muitos dos antigos numa saída de Cursilho”. Ou ainda, “Tem aumentado a presença de Cursilhistas nas Clausuras, mas onde andam os outros milhares”?
E eu também me pergunto: “Onde será que andam os nossos irmãos, que fizeram o Cursilho? Será que só “passaram” pelo Cursilho? Ou será que estão vivendo o seu “Pós-Cursilho” em ritmo de Igreja?
Na minha função de Assistente Espiritual do Movimento de Cursilhos, sempre resisti à tentação de fazer um levantamento completo sobre o pós-cursilho (sindicância?) dos milhares de irmãos que fizeram o Cursilho nesta arquidiocese de Curitiba.
Os motivos são vários. Primeiro, se descobríssemos que uma porcentagem mínima – quod Deus advertat – está perseverando, seria uma imensa frustração. Segundo, se for uma enorme porcentagem de perseverantes, nossa vaidade nos levaria a acomodarmo-nos. E por último, os meios de perseverança que o MCC oferece – Ultreya, Reunião de Grupo, Escola e Encerramentos – não são os únicos de perseverar.
Aqui na paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde me encontro, há mais de dez anos, tenho observado que o Cursilho despertou muita gente a engajar-se na vida da Igreja no sentido mais amplo da palavra: Comunidade eclesial estruturada (paróquia e Diocese) e nas Estruturas seculares a serem permeadas pelo espírito cristão.
Sem ter pedido permissão aos meus paroquianos, gostaria de citar alguns nomes – a lista toda seria muito extensa – de pessoas, que são atuantes e verdadeiros apóstolos desde que fizeram o Cursilho.
Espero não estar ferindo a modéstia desses meus irmãos. Acredito, porém, que esse “ferimento”, se houver, será por uma nobre causa: O TESTEMUNHO DE PERSEVERANÇA E DOAÇÃO!
TESTEMUNHOS:
O Sílvio tem um coração maior que os cento e alguns quilos que ele pesa. Durante muitos anos ele e sua esposa Inez foram o esteio do canto litúrgico nesta paróquia. Deram vida às celebrações litúrgicas. Hoje estão engajados em outra paróquia.
Carlito e Yolanda Meister (4º Curs de Curitiba). Muito raramente aparecem a uma Ultreya ou Clausural. No entanto a organização escalação de comentaristas para a missa dominical é o trabalho eficiente do Carlito. E a Yolanda (Yole) está sempre ao seu lado, quando não anda catequisando alguém.
Manfred e Maria Terese Schmid – Ele é o presidente do Conselho Paroquial (6º Curs.) ela é a mãe dos pobres. Às vezes penso que ela deveria chamar-se “Marta”.
Eu poderia citar muitos irmãos cuja ação apostólica nesta paróquia e em outros lugares da diocese são um testemunho de cristãos autênticos. Mas isso nos levaria muito longe e eu teria que citar todas as atividades desta paróquia.
Para concluir esta parte dos testemunhos, quero citar apenas dois testemunhos de pastoral ambiental.
O outro exemplo de animação do ambiente está no Grupo Conselheiro Zacarias. Às vezes, fico na dúvida para saber se o Ênio Marques Vianna, que já foi atuante nesta Revista “Emmanuel”, e hoje quase não aparece às Ultreyas e Encerramentos, é tão bom dentista das crianças quanto cristão. Sua dedicação é incomparável.
CONCLUINDO...
Eu gostaria de sugerir àqueles que se preocupam com o número de Cursihistas presentes aos atos do Cursilho, que continuem a preocupar-se com os ausentes a esses atos, mas para verificar se seu amigo está engajado e comprometido com a Igreja, ou o que você poderá fazer para que o Cursilho não tenha sido em vão para o ausente.
Pe. Carlos Sanson C.SS.R.
Revista Emmanuel, Edição de Março,
1983, Ano 12 – nº 87, p. 20
segunda-feira, 7 de maio de 2012
I Cinema Decolores foi um sucesso!
A primeira sessão do I Cinema Decolores foi um sucesso!
Foi exibido na segunda-feira, dia 07 de maio, o filme “Vire a Página”, com Pe. Fábio de Melo, com uma proposta inicial belíssima, um ótimo ambiente, um vídeo tocante e auditório com 50 pessoas presentes; não estava lotado, mas como diz na palavra, “muitos são chamados, mas poucos os escolhidos.”
Foi exibido na segunda-feira, dia 07 de maio, o filme “Vire a Página”, com Pe. Fábio de Melo, com uma proposta inicial belíssima, um ótimo ambiente, um vídeo tocante e auditório com 50 pessoas presentes; não estava lotado, mas como diz na palavra, “muitos são chamados, mas poucos os escolhidos.”
A oportunidade foi momento para aprender e analisar fatos simples e pequenos que nos faz tornar-se grande...
Deus é dinâmico e precisamos ser também.
Ele não perde tempo, Ele ama a toda hora.
Tenha pressa de se reconciliar com as pessoas que você ama, tenha pressa em fazer uma atividade física, tenha pressa em amar, tenha pressa em querer a vida, pois não sabemos quanto tempo ainda temos.
"... aprendi muitas lições na escola, mas hoje vejo que tudo aquilo que aprendi também é Evangelho. Deus pode, e eu tenho que poder com Ele, tome uma atitude a partir de hoje. "
Onde será o ponto final, a vírgula, o ponto de interrogação ou de exclamação que você deve colocar em sua vida? Talvez você precise "VIRAR A PÁGINA"!
Deixe que Deus fale ao seu coração, para que você saiba o que realmente deve fazer em sua vida.
"Talvez você precise virar a página!" (Pe Fábio de Melo)
Foi um momento com ótimas repercussões por parte das pessoas participantes.
O MCC-Setor Cabo Frio agradece a presença de todos! Uma abençoada semana!
sábado, 5 de maio de 2012
Chamado aos Jovens!!!
Sábias palavras do nosso querido Papa João Paulo II, sobre a importância da presença jovem em nossa Igreja e principalmente em nosso MCC. Cristo precisa de vós jovens para realizar o Seu projeto de salvação!
Disse o Papa João Paulo II:
"Segue-Me"
Cada vocação é um acontecimento pessoal e original, mas é também um fato comunitário e eclesial. Ninguém é chamado a caminhar sozinho. Cada vocação é suscitada pelo Senhor como um dom para a comunidade cristã, que dele deve poder tirar benefício [...].
É sobretudo a vós, os jovens, que eu gostaria de me dirigir : Cristo precisa de vós para realizar o Seu projeto de salvação! Cristo precisa da vossa juventude e do vosso entusiasmo generoso para anunciar o Evangelho! Respondei a este chamado com a dádiva da vossa vida a Deus e a vossos irmãos. Tende confiança em Cristo. Ele não vos desiludirá nos vossos desejos e projetos, mas enchê-los-á de sentido e de alegria. Ele disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6).
Abri com confiança o coração a Cristo! Deixai a Sua presença fortalecer-se em vós pela escuta cotidiana e cheia de adoração das Santas Escrituras, que constituem o livro da vida e das vocações cumpridas.
Papa João Paulo II
ASSEMBLÉIA DIOCESANA
Foi realizado nos dias 27, 28 e 29 de abril de 2012, a Assemblaia Diocesana do GED Niterói, onde tivemos a participação dos setores da Arquidiocese, do Pe. Dutra, Pe. Cadu e a presença do nosso querido Bispo Dom José Francisco.
em breve mais fotos
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Carta MCC Brasil – Mai 2012 (153ª.)
"Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora.
Quando ele vier, o Espírito da Verdade vos guiará em toda a verdade.
Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e
vos anunciará o que há de vir" (Jo 16, 12-13).
Amados do Pai, irmãos e irmãs, discípulos missionários pela presença e ação do Espírito Santo, minha saudação fraterna:
Neste mês, precisamente no dia 27, celebraremos o acontecimento fundante da Igreja, isto é, o Pentecostes, ou seja, a vinda pública e solene da plenitude do Espírito Santo sobre aquela primeira comunidade dos apóstolos reunidos no Cenáculo juntamente com Maria. Também uma feliz coincidência neste mês que, conforme a tradição, a Igreja dedica ao culto da Mãe da Igreja, Maria.
Para nos ajudar na presente reflexão, creio nada mais oportuno do que um precioso texto muito atual (30.09.2010) proposto pelo Papa Bento XVI na “Exortação Apostólica pós-sinodal, a Verbum Domini (VD) sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja”. Ali se nos lembra de como o Espírito Santo relaciona-se radicalmente com a Palavra de Deus Pai, Palavra que é o próprio Jesus. (VD 15-16).
Além dessa necessária lembrança, outro importante documento já tantas e tantas vezes por nós aqui lembrado, o Documento de Aparecida (DAp), quase que como um desafio à Igreja, em duas oportunidades usa a expressão “novo Pentecostes”(DAp 362,548). Trata-se, sim, de um verdadeiro desafio, pois a Igreja Católica hoje, como nos primeiros dias, num momento de radical e acelerada mudança de época, está urgentemente necessitada, tanto de ardorosos e destemidos discípulos missionários como, sobretudo, de uma nova infusão do Espírito Santo. Uma nova descida do Paráclito que se faz tanto mais necessária quanto sabemos que as respostas da Igreja a essa nossa realidade social, econômica e, até, religiosa nem sempre são as mais atualizadas ou adequadas e compreensíveis aos homens e mulheres desta geração que, mesmo parecendo tão distantes dos critérios e valores do Evangelho, estão ansiosos por um encontro pessoal com o Deus da vida!
1. A Palavra de Deus e o Espírito Santo. Depois de haver tratado de maneira indiscutivelmente original de “Jesus Cristo, Palavra definitiva de Deus” a VD “recorda agora a missão do Espírito Santo relativamente à Palavra divina”. Essa missão é lembrada em dois pontos sobre os quais passamos a refletir.
a) “A missão do Espírito Santo relativamente à Palavra divina” (VD 15). Aqui a VD descreve ou relembra a presença e ação do Espirito Santo em todo o processo da história da nossa salvação: “De fato, não é possível uma compreensão autêntica da revelação cristã fora da ação do Paráclito”. E para nos fazer “compreender melhor a comunicação que Deus faz de Si mesmo” mostra-nos a relação existente entre o Filho e o Espírito Santo citando Irineu de Lião que a essa relação chama de “as duas mãos do Pai”. No decorrer de sua vida Jesus não cessa de referir-se ao Espírito Santo, sobretudo para testemunhar sua própria missão e para garantir aos discípulos a presença do Paráclito. E mais: “...a Palavra de Deus exprime-se em palavras humanas graças à obra do Espírito Santo. A missão do Filho e a do Espirito Santo são inseparáveis e constituem uma única economia da salvação”. Finalmente, vem a mensagem para toda a Igreja e para cada um de nós, discípulos missionários: “O mesmo Espírito, que atua na encarnação do Verbo no seio da Virgem Maria, guia Jesus al longo de toda a sua missão e é prometido aos discípulos. O mesmo Espírito que falou por meio dos profetas, sustenta e inspira a Igreja no dever de anunciar a Palavra de Deus e na pregação dos Apóstolos...”. Aqui temos que nos fazer, a nós mesmos, uma pergunta decisiva: estamos sempre atentos à voz do Espírito que nos sussurra a Palavra do Pai?
b). “Importância da ação do Espirito Santo na vida da Igreja e no coração dos fiéis relativamente à Sagrada Escritura” (VD 16). Nesse ponto a VD enfatiza a imperiosa necessidade da presença e da ação do Espírito Santo ao se tratar da vivência da Sagrada Escritura: “Tal como a Palavra de Deus vem até nós no corpo de Cristo, no corpo eucarístico e no corpo das Escrituras por meio do Espírito Santo, assim também só pode ser acolhida e compreendida verdadeiramente graças ao mesmo Espírito”. Esse ponto termina, trazendo o testemunho dos “grandes escritores da tradição cristã sobre o papel do Espírito Santo na relação que os fieis devem ter com as Escrituras”. Como mais uma forma de pergunta, deixo para nossa reflexão a última citação da VD nesse ponto: “Ricardo de São Vítor recorda que são necessários ‘olhos de pomba’, iluminados e instruídos pelo Espírito para compreender o texto sagrado”. Pergunta: que olhos temos quando lemos e rezamos a Palavra de Deus?
2. “Esperamos um novo Pentecostes... esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança” (DAp 362). Em alguns parágrafos do DAp encontramos essas e outras expressões referentes a um “novo Pentecostes” dirigidas à Igreja. Mas não será que, até subconscientemente, ao ler “Igreja” pensamos unicamente na hierarquia: Papa, Bispos, Sacerdotes e outros agentes de pastoral? Será que agimos assim, para nos eximir de nossas responsabilidades como pessoas batizadas, confirmadas na crisma com o dom especial do Espírito Santo? Ou, então, é às nossas associações, comunidades ou aos movimentos eclesiais que queremos atribuir tais responsabilidades? Eis algumas referências a um “novo Pentecostes”, que devem chamar nossa atenção, provocando e acentuando nosso compromisso evangelizador:
a) "A Igreja necessita de uma forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença... Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança” (DAp 362).
b) “Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! (DAp 548).
c) “Esta firme decisão missionária deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais de dioceses, paróquias, comunidades religiosas, movimentos e de qualquer instituição da Igreja. Nenhuma comunidade deve se isentar de entrar decididamente, com todas suas forças, nos processos constantes de renovação missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé” (DAp 365).
3. A presença da Mãe Maria no “Novo Pentecostes” que a Igreja necessita. Neste mês de Pentecostes, coincidentemente também dedicado a uma especial devoção a Maria, não poderíamos deixar de lembrar sua presença junto aos apóstolos e discípulos no primeiro Pentecostes bem como sua contínua presença na Igreja em todos os momentos do Espírito Santo (cf.VD 15; 27-28). Aliás, o DAp, entre tantos outros parágrafos lembrando Maria, o faz ao citar o acontecimento de Guadalupe: “Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. Ela, da mesma forma como deu à luz ao Salvador do mundo, trouxe o Evangelho a nossa América. No acontecimento em Guadalupe, presidiu junto com o humilde João Diego, o Pentecostes que nos abriu aos dons do Espírito” (DAp 269). Outra lembrança de autor desconhecido: “É muitíssimo significativo que a Igreja tenha iniciado o seu caminho no dia de Pentecostes, quando os discípulos e as santas mulheres estavam reunidos – em união de corações e de preces – com Maria, a Mãe de Jesus (At 1, 14). São Lucas, o evangelista que melhor captou o papel de Maria no começo da vida do Redentor, na infância, é o mesmo que nos Atos dos Apóstolos sublinha a presença central de Nossa Senhora no começo da vida da Igreja, mostrando que a Igreja recebeu o Espírito Santo – a sua alma divina – estando aglutinada como uma família em volta da Virgem Santíssima”.
A todos meu carinhoso abraço fraterno com votos de uma nova presença do Espírito Santo na vida de cada um e de cada uma e na ação evangelizadora dos nossos Movimentos eclesiais com especial atenção à fidelidade ao carisma original do nosso querido Movimento de Cursilhos no Brasil que é o de levar critérios e valores do Evangelho aos ambientes, por meio de “pequenas comunidades de fé” ou “núcleos de cristãos”, como reza a definição do próprio MCC.
O servidor, irmão na fé e na caridade do Senhor Jesus Cristo,
Pe. José Gilberto Beraldo
jberaldo79@gmail.com
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